- Parada (Bragança)
Parada (Bragança) is a Portuguese parish in the municipality of Bragança. The population in
2001 is 604, its density is 16.6/km² and the area is 36.49 km².A freguesia de Parada dista vinte quilómetros de Bragança e situa-se na margem direita do rio Sabor, ocupando uma área de 36,4 quilómetros quadrados, abrangendo as povoações de Parada e Paredes. Tem como freguesias limítrofes Grijó de Parada, Serapicos, Coelhoso e Pinela.
A antiga matriz, barroca, tem bons altares, recentemente restaurados e dourados. No adro está um berrão, figura zoomórfica vulgar na região.
Outrora denominada Parada de Infanções, há duas justificações para este topónimo. Por um lado, o historiador José do Barreiro explica que "houve entre nós o foro da parada, que consistia em terem os vassalos, enfiteutas ou colonos, e mesmo os párocos rurais, e mosteiros (com respeito aos seus bispos), preparados e prontos certos mantimentos (ou dinheiro para eles), e aposentadoria para os seus respectivos senhores (e bispos, tratando-se de mosteiros) e sua comitiva. No fundo, parada era a refeição que os habitantes de uma aldeia eram obrigados a dar aos seus Senhores". Por outro lado, Francisco Felgueiras, outro estudioso destas matérias, refere que este topónimo tinha origem nos fidalgos de alta estirpe, vindos das Astúrias e de Oviedo, que chegaram a esta região, tendo aqui repousado e parado; daí que a terra em que pararam seja denominada de Parada, Infanções, actualmente em desuso, diz respeito a um título de nobreza, inferior ao de rico-homem, que, por vezes, tinha a função de reger terras e guardar castelos. 0 Vocábulo "infanção" designava, igualmente, os fidalgos de linhagem.0 Povoamento deste território remonta a épocas muito antigas, sendo prova disso a existência de dois castros que aqui existiram e que defendiam a região dos ataques inimigos: Castro Mau e Castro de Cidadelhe, referidos peia primeira vez pelo Abade de Baçal.
No período das Guerras da Restauração, aconteceu em Parada uma batalha importante, perto do rio Sabor no Porto das Areias. Este acontecimento ocorreu em 1646 e os combatentes portugueses demonstraram muita força e coragem, tendo derrotado o exército castelhano.
Um dos filhos ilustres desta terra foi Manuel Cavaleiro de Ferreira, professor catedrático, Ministro da Justiça, investigador, fervoroso amante deste rincão nordestino, onde deixou marcas significativas.
A tradição mais arreigada é a da Festa dos Rapazes que se perde na memória dos tempos. Trata-se de uma festa do solstício de Inverno, englobando baildados, jogos, gaiteiros e bombo, caretos e comida farda e bebida abundante. É dia de Santo Estêvão.
O culto do Sol entre os arianos tinha várias formas e representações, como o barco, o carro, a dança, a maçã, o fogo, etc. A corrida do carro, consiste no transporte dos mordomos, por vezes interceptados pelas "talanqueiras". Nomeados os novos mordomos depois da missa, este já ocupam o lugar na mesa de Santo Estêvão, ao lado do presidente da junta, e mordomos antigos, tudo com intensa alegria. Evidentemente, a gaita-de-foles é imprescindível, este instrumento céltico acompanha os mordomos em todos os actos e toca na celebração da santa missa.
Outra figura típica da festa dos rapazes é uma personagem vestida de estopa grossa e mascara de latão ou madeira, trazendo pendente ao tiracolo chocalhos e campainhas com respectivas coleiras, levantando uma vara com uma maçã espetada na ponta. Os caretos ajudam a manter a ordem e assistência à distância necessária para se realizar corrida de rosca, sem que os participantes sejam molestados.
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